Poucas motos são tão conhecidas no Brasil quanto a Honda CG 150 Titan. Essa moto é famosa pela resistência, economia e bom valor de revenda. Ela se tornou a escolha preferida de quem busca um meio de transporte confiável, seja para o dia a dia ou para trabalhar duro.
Uma das coisas que atrai os motoristas é a ideia de que a Titan roda quase 600 km com um tanque. Isso a transforma em um verdadeiro sucesso no mercado de motos usadas. Mas vale lembrar que existem detalhes que nem todo comprador está ciente.
De 2004 a 2010, a CG 150 Titan passou por mudanças significativas. Conhecer essas diferenças é essencial para quem pretende comprar essa moto clássica do Brasil. Vamos entender como funciona essa autonomia toda e quais aspectos devem ser observados antes da compra.
A Honda deu início a uma nova fase da CG em 2004, quando passou a chamar de Titan a versão de 150cc, antes associada a 125cc. Essa geração, que foi até 2008, é lembrada pela simplicidade mecânica.
O motor de 149,2 cc e 14,2 cv fez da CG 150 Titan carburada uma moto de manutenção econômica e fácil de consertar em qualquer oficina do Brasil. O carburador, apesar de ser uma tecnologia antiga, era de fácil manutenção.
O modelo tinha três versões: KS, que tinha partida a pedal; ES, com partida elétrica; e ESD, que incluía freio a disco na frente, sendo a última a mais procurada por quem queria mais segurança.
O tanque, com capacidade para 14 litros, garantiu uma boa autonomia, mas não chegava aos 600 km. O que se via eram médias entre 490 km e 560 km, dependendo do jeito de pilotar.
Em 2009, a Honda promoveu uma grande mudança na CG. Para atender às normas ambientais, trocaram o carburador pela injeção eletrônica PGM-FI. Essa atualização elevou o nível tecnológico da Titan.
Nesse ano, a CG 150 Titan Mix foi lançada como a primeira moto flex do mundo, podendo usar gasolina, etanol ou uma mistura dos dois. Com essa mudança, a moto passou a ter um visual mais moderno e um tanque maior, com 16,1 litros, permitindo mais autonomia.
Esse tanque maior, junto com um consumo médio de 35 a 40 km/l com gasolina, é o que ajuda a alimentar a fama de 600 km de autonomia, mas isso é mais realista para os modelos mais novos.
É importante saber que nem todos os modelos da geração 2004-2010 têm a mesma autonomia perto dos 600 km. Somente os modelos injetados com tanque maior conseguem esses números.
As motos carburadas, embora econômicas, têm limite de autonomia por causa do tanque menor. Portanto, é essencial considerar o seu perfil de uso e se você prefere uma moto mais simples ou com tecnologia mais avançada.
Outro ponto importante é o preço. A fama da moto como confiável fez com que a CG 150 Titan valorizasse muito. Segundo a Tabela FIPE de junho de 2025, os preços variam de R$ 7.300 a mais de R$ 10.400, bem acima dos antigos R$ 4.000 a R$ 6.000.
Seja na versão carburada ou injetada, a CG 150 Titan continua sendo uma escolha ótima. Porém, conhecer as diferenças entre as gerações é fundamental para não se deixar enganar e garantir um bom negócio.
