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Setor de tecnologia lidera contratações no mercado livre de energia por metas ESG e economia

Setor de tecnologia se destaca no mercado livre de energia, buscando economia na conta de luz e cumprimento de metas ambientais e sociais

O setor de tecnologia tem se destacado como um dos maiores demandantes no mercado livre de energia (MLE) brasileiro. Empresas desse segmento estão migrando para o Ambiente de Contratação Livre (ACL) não apenas para reduzir custos, mas também para alinhar suas operações às metas ambientais e sociais estabelecidas em suas estratégias ESG (ambiental, social e de governança). Essa movimentação reforça a importância do mercado livre de energia como uma ferramenta estratégica para negócios que buscam eficiência, sustentabilidade e competitividade.

Por que o setor de tecnologia lidera no MLE?

O mercado livre oferece às empresas a possibilidade de escolher fornecedores, negociar preços, volumes e condições contratuais, além de permitir a contratação de energia proveniente de fontes renováveis. Para empresas de tecnologia, que têm consumo energético elevado em data centers, escritórios e operações digitais, essa flexibilidade é especialmente atraente.

Além do fator econômico, há uma crescente preocupação com a sustentabilidade e a responsabilidade corporativa. Investidores, clientes e parceiros têm exigido práticas ambientais mais rigorosas, e muitas empresas de tecnologia têm metas robustas de ESG, que incluem reduzir a emissão de gases de efeito estufa, usar energia limpa e aumentar a eficiência operacional. O MLE permite que essas companhias contratem energia 100% renovável, alinhando o consumo com suas políticas internas e exigências externas.

Outro fator que contribui para a liderança do setor de tecnologia é a digitalização do próprio setor elétrico. Plataformas inteligentes, monitoramento em tempo real e tecnologias como inteligência artificial e blockchain têm proporcionado maior controle, previsibilidade e automação na gestão de contratos de energia. Isso torna o processo mais eficiente e reduz riscos operacionais, incentivando ainda mais a migração para o mercado livre.

Benefícios concretos para empresas de tecnologia

A migração para o mercado livre de energia oferece múltiplos benefícios para o setor:

  • Redução de custos: Empresas que migraram para o MLE relatam economias significativas, chegando a até 40% de redução na conta de energia. Essa economia permite reinvestir recursos em inovação, infraestrutura e expansão das operações.
  • Alinhamento com metas ESG: A contratação de energia renovável permite que as empresas atendam às exigências de investidores e consumidores por práticas sustentáveis. Isso reforça a imagem institucional e fortalece a reputação corporativa.
  • Controle e previsibilidade: Contratos de longo prazo e preços fixos oferecem maior estabilidade financeira, reduzindo o impacto de reajustes tarifários do mercado regulado.
  • Flexibilidade e personalização: É possível ajustar contratos de acordo com o perfil de consumo da empresa, definindo volumes, prazos e fontes de energia que melhor atendam às necessidades do negócio.

O impacto não se limita à economia imediata. A possibilidade de contratar energia renovável também contribui para reduzir a pegada de carbono, atender a regulamentos ambientais e impulsionar projetos de eficiência energética dentro das empresas.

Dados e tendências do mercado

O mercado livre de energia tem registrado crescimento constante nos últimos anos. De acordo com a Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel), atualmente o MLE representa cerca de 42% do consumo total de eletricidade no país, e a tendência é que esse percentual aumente ainda mais com a abertura total prevista para 2026, quando consumidores em baixa tensão poderão migrar para o modelo.

No setor de tecnologia, a migração para o ACL já é expressiva. Estima-se que grandes empresas de software, cloud computing e serviços digitais tenham adotado o modelo para otimizar custos e atender às metas de sustentabilidade. Com a expansão, pequenas e médias empresas de tecnologia também poderão acessar os benefícios do mercado livre, aumentando a participação do setor no consumo de energia limpa.

Projeções futuras e impacto ambiental

Com a abertura total do mercado prevista para 2026, o mercado livre de energia deve expandir-se para milhões de consumidores adicionais, permitindo um aumento significativo no consumo de energia renovável e contribuindo para a redução de emissões de gases de efeito estufa no país. Especialistas apontam que essa expansão será fundamental para que o Brasil alcance metas climáticas e objetivos de sustentabilidade corporativa, ao mesmo tempo em que melhora a competitividade das empresas.

O setor de tecnologia, por sua própria natureza, continuará sendo um dos principais protagonistas dessa transformação. Data centers, escritórios e operações digitais consomem grandes volumes de energia, e a possibilidade de migrar para contratos personalizados no ACL significa maior autonomia na escolha de fornecedores e menor exposição à volatilidade de preços do mercado regulado.

A liderança do setor de tecnologia nas contratações do mercado livre de energia demonstra como empresas inovadoras estão combinando economia e sustentabilidade. Ao migrar para o ACL, essas companhias não apenas reduzem custos, mas também fortalecem suas estratégias de ESG, contratam energia renovável e aumentam a competitividade.

A tendência é clara: com a abertura total do mercado em 2026, o mercado livre de energia se consolidará como uma ferramenta essencial para empresas de todos os portes, impulsionando eficiência, inovação e práticas sustentáveis em toda a economia brasileira.

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