sexta-feira, 05 de dezembro de 2025
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Ozonioterapia no tratamento de neuropatias: guia completo

Mauricio Nakamura
Mauricio Nakamura EM 20 DE OUTUBRO DE 2025, ÀS 07:33
Ozonioterapia no tratamento de neuropatias: guia completo
Ozonioterapia no tratamento de neuropatias: guia completo

Você sente formigamento, queimação ou perda de sensibilidade nos braços ou pernas? Esses sinais podem ser neuropatia. A boa notícia é que existem opções além dos remédios.

A ozonioterapia no tratamento de neuropatias tem ganhado atenção por oferecer alívio da dor e melhora funcional em diversos casos.

Neste artigo eu explico, de forma direta, o que é o tratamento, como funciona, em quais tipos de neuropatia ele ajuda e o que esperar em termos de segurança e resultados. Vou trazer estudos, exemplos práticos e um passo a passo do que ocorre em uma sessão.

Ao final você terá informação suficiente para conversar com seu médico e decidir se a ozonioterapia no tratamento de neuropatias faz sentido para você.

O que este artigo aborda:

O que é ozonioterapia?

A ozonioterapia usa uma mistura de oxigênio e ozônio aplicada de formas controladas no corpo. O ozônio age como agente oxidante que, em baixa concentração, estimula mecanismos de reparo. Isso inclui melhora na circulação local e redução da inflamação.

O procedimento pode ser realizado por injeção intramuscular, infiltração local, auto-hemoterapia ou aplicação tópica, dependendo do objetivo clínico. Para neuropatias, as injeções locais ou a auto-hemoterapia são as mais comuns.

Como a ozonioterapia ajuda em neuropatias?

Na visão do Dr. Henrique Bufaiçal, ortopedista de mão em Goiânia, a principal ação é reduzir inflamação e proteger nervos contra danos adicionais.

O ozônio modula respostas imunes e melhora a entrega de oxigênio ao tecido nervoso. Com isso, há diminuição da dor e recuperação de função sensorial.

Em termos práticos, pacientes relatam menos dormência, menos queimação e retorno de força muscular após algumas sessões. A melhora costuma acontecer em semanas, mas varia conforme a causa da neuropatia.

Mecanismos relevantes

  • Melhora da circulação: aumento do fluxo sanguíneo e entrega de oxigênio.
  • Efeito anti-inflamatório: redução de citocinas que agravam a dor.
  • Proteção nervosa: estímulo a processos de reparo e redução do estresse oxidativo.

Que tipos de neuropatia respondem melhor?

A ozonioterapia tem sido usada em neuropatias diabéticas, compressivas e pós-traumáticas. Em neuropatia diabética, estudos mostram redução da dor e melhora da qualidade de vida.

Em casos compressivos, como após síndrome do túnel do carpo, a terapia pode complementar o tratamento cirúrgico ou conservador.

Para neuropatias por quimioterapia ou causas autoimunes, os resultados são mais variados. A escolha depende da avaliação médica e do plano terapêutico individual.

O que esperar durante o tratamento

  1. Avaliação inicial: exame neurológico e, quando necessário, exames de imagem ou eletroneuromiografia.
  2. Plano de sessões: geralmente 6 a 12 sessões, uma a duas vezes por semana, ajustado ao progresso.
  3. Técnica aplicada: injeção local no trajeto nervoso, infiltração perineural ou auto-hemoterapia.
  4. Acompanhamento: reavaliação de sintomas a cada ciclo para ajustar dose e frequência.

Resultados e evidências

Estudos clínicos e relatos mostram melhora da dor e função em várias séries de pacientes. A qualidade das evidências varia.

Há trabalhos controlados, mas ainda faltam grandes ensaios multicêntricos com longo seguimento. Mesmo assim, a prática clínica frequente e a satisfação dos pacientes sustentam seu uso complementar.

É importante entender que a ozonioterapia não garante cura imediata. Ela é um recurso dentro de um plano multidisciplinar que inclui fisioterapia, controle da causa e, quando necessário, cirurgia.

Riscos e efeitos colaterais

Quando realizada por profissionais capacitados, a ozonioterapia é geralmente segura. Reações locais leves como dor temporária, sensação de pressão ou hematoma podem ocorrer. Complicações graves são raras.

Contraindicações incluem gravidez, hipertermia e algumas doenças hematológicas. A avaliação médica prévia é obrigatória.

Quem pode se beneficiar

Pacientes com neuropatia dolorosa que não responderam totalmente a medicamentos, pessoas que buscam reduzir o uso de analgésicos ou que procuram acelerar a recuperação após lesão são candidatos comuns. A decisão deve ser tomada com o médico, que vai considerar histórico e exames.

Se você teve síndrome do túnel do carpo e precisa de orientações sobre retorno às atividades, veja mais sobre como voltar a trabalhar após cirurgia do túnel do carpo. Esse tipo de informação ajuda a planejar o tratamento e a reabilitação.

Perguntas frequentes

Dói muito?

O desconforto é variável. Muitas técnicas minimizam a dor e o terapeuta aplica anestésico local quando necessário. A sensação costuma ser transitória.

Quantas sessões preciso?

Normalmente uma série entre 6 e 12 sessões mostra efeito. Alguns pacientes precisam de manutenções mensais depois do ciclo inicial.

Posso combinar com fisioterapia?

Sim. A combinação com fisioterapia, exercícios e controle da causa aumenta as chances de recuperação. A ozonioterapia complementa outras medidas, não substitui reabilitação.

Exemplo prático

Joana, 58 anos, tem neuropatia diabética com formigamento nas pernas. Após 8 sessões, relatou menos dor e melhor qualidade de sono. O médico manteve controle glicêmico e indicou fisioterapia. Depois de 3 meses ela reduziu a dose de analgésicos.

Casos assim mostram que os resultados dependem de diagnóstico correto e tratamento integrado.

Como escolher um profissional

  1. Formação adequada: médico ou profissional habilitado em ozonioterapia.
  2. Infraestrutura: clínicas com protocolos e equipamentos certificados.
  3. Avaliação completa: presença de exames e plano terapêutico individualizado.

Se você tem neuropatia e busca opções além dos remédios, converse com seu médico sobre a ozonioterapia no tratamento de neuropatias.

Explique seus sintomas, peça avaliação e avalie os prós e contras junto ao especialista. Experimente as dicas discutidas aqui e decida pelo melhor caminho para sua recuperação.

Imagem: IA

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