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Eritrócitos altos: causas, riscos e soluções a considerar

Ter eritrócitos altos no sangue pode ser um sinal de problemas de saúde que precisam de atenção. Quando a contagem de glóbulos vermelhos aumenta, o sangue fica mais espesso, o que pode elevar o risco de coágulos, pressão alta e complicações sérias como trombose e AVC.

Eritrócitos altos: causas, riscos e soluções

Essa condição nem sempre mostra sintomas claros, mas quando aparecem, podem incluir dor de cabeça, tontura e cansaço. As causas vão desde desidratação e tabagismo até doenças mais sérias, como policitemia vera ou problemas pulmonares.

O que significa ter eritrócitos altos no sangue?

Ter eritrócitos altos quer dizer que o número de glóbulos vermelhos está acima do normal. Isso pode prejudicar a circulação e afetar o transporte de oxigênio no corpo.

Para entender isso melhor, é importante saber o que são os eritrócitos, como se relacionam com a hemoglobina e quais valores são considerados altos.

Função dos eritrócitos e glóbulos vermelhos

Eritrócitos, ou glóbulos vermelhos, são células que transportam oxigênio dos pulmões para os tecidos do corpo. Eles são produzidos na medula óssea e são os mais abundantes no sangue.

Essas células têm um formato flexível que facilita a passagem por vasos estreitos. Ter a quantidade adequada de eritrócitos é fundamental para o equilíbrio do oxigênio no corpo.

Quando sua quantidade aumenta, o sangue engrosse e dificulta o fluxo, trazendo sintomas como tontura, dor de cabeça e cansaço.

Relação com a hemoglobina e oxigenação

Os eritrócitos contêm hemoglobina, uma proteína que se conecta ao oxigênio. Ela transporta oxigênio dos pulmões e o libera nos tecidos, ajudando as células a funcionarem bem.

Se os eritrócitos estão altos, a hemoglobina geralmente também está elevada. Pode parecer bom, mas isso pode acontecer como uma forma de compensação quando falta oxigênio, especialmente em fumantes ou pessoas com problemas pulmonares.

Se o aumento for excessivo, o sangue pode ficar muito denso, prejudicando o transporte de oxigênio e aumentando os riscos circulatórios.

Valores de referência para eritrócitos altos

Os valores normais de eritrócitos variam entre homens e mulheres. Para homens, um número acima de 5,9 milhões de hemácias por microlitro (µL) é considerado alto. Para mulheres, o limite é 5,4 milhões/µL.

Esses dados são verificados em um hemograma, que também analisa o hematócrito, ou seja, o volume percentual de glóbulos vermelhos no sangue.

Se os resultados forem altos, isso pode indicar eritrocitose, e o médico deve investigar a causa. Nem sempre é grave, mas é bom ficar atento.

Principais causas do aumento dos eritrócitos

O aumento dos eritrócitos pode ter várias origens. Pode ser causado por problemas na medula óssea, doenças respiratórias ou cardíacas, além de fatores externos e casos temporários.

Policitemia vera e doenças da medula óssea

A policitemia vera é uma doença rara da medula óssea que provoca a produção excessiva de glóbulos vermelhos, junto com outras células do sangue, devido a uma mutação nas células-tronco.

Pessoas com essa condição podem sentir cansaço, tontura e até sangramentos. Para confirmar, pode ser necessário realizar uma biópsia de medula óssea.

O tratamento pode incluir flebotomia terapêutica, anticoagulantes e, em casos mais graves, transplante de medula óssea.

Outras doenças da medula também podem influenciar a produção de eritrócitos. Cada caso deve ser analisado cuidadosamente.

Doenças pulmonares crônicas e cardíacas

Doenças pulmonares crônicas, como DPOC e tuberculose, reduzem o oxigênio no sangue. O corpo responde aumentando a produção de eritrócitos, conhecido como eritrocitose secundária.

Problemas cardíacos, como insuficiência cardíaca, também podem causar esse aumento, afetando a eficiência do transporte de oxigênio.

O tratamento pode incluir oxigenoterapia, uso de aparelhos como CPAP para apneia do sono e medicamentos para melhorar a função do pulmão e do coração.

Desidratação, tabagismo e outros fatores

A desidratação aumenta a concentração de eritrócitos porque diminui o plasma no sangue. Nesse caso, não há um aumento real de hemácias, mas sim uma diminuição do líquido.

Beber água é a solução para esse tipo de aumento.

O tabagismo é outro problema. Fumar aumenta a exposição ao monóxido de carbono, que se liga às hemácias e diminui o oxigênio transportado. O corpo tenta compensar isso produzindo mais glóbulos vermelhos.

Além disso, o uso de esteroides, tumores e certos tipos de câncer também podem elevar os níveis de eritrócitos. Exames são necessários para identificar a razão exata.

FatoresComo afetam os eritrócitosMedidas principais
DesidrataçãoAumenta a concentração no sangueReidratação
TabagismoReduz oxigênio e gera mais produçãoParar de fumar e tratamento médico
Esteroides e câncerAumentam produção ou estimulam tumoresInvestigar e tratar causas

Sintomas, complicações e riscos à saúde

Quando os eritrócitos estão altos, alguns sintomas podem surgir e é importante ficar atento. Essa condição também pode representar riscos sérios para o sangue e a saúde cardiovascular.

Sintomas mais comuns e sinais de alerta

Com níveis elevados de eritrócitos, é comum sentir cansaço e tontura frequentemente. Dor de cabeça persistente e palidez na pele também podem aparecer.

A respiração pode ficar difícil mesmo em atividades leves, já que o sangue mais espesso prejudica a circulação.

Algumas pessoas sentem formigamento nas extremidades e visão turva. Esses sinais mostram que o sangue está mais denso e o transporte de oxigênio não está bom.

Complicações cardiovasculares e trombose

O aumento da densidade do sangue eleva o risco de trombose, que é a formação de coágulos nos vasos. Isso pode bloquear o fluxo sanguíneo e causar infarto ou derrame.

Pessoas com problemas cardíacos já existentes estão em maior risco. O coração e os vasos ficam sob pressão, podendo levar à insuficiência cardíaca e dificultar a circulação.

Quando o aumento dos eritrócitos é perigoso?

O perigo surge quando os níveis ultrapassam o limite, pois o sangue grosso pode entupir vasos e impedir o fornecimento de oxigênio aos órgãos.

A eritrocitose também pode ser um sinal de doenças graves, como a policitemia vera ou leucemia. Nesses casos, o acompanhamento médico é essencial.

Se não tratado, os riscos de AVC e problemas circulatórios aumentam consideravelmente.

Diagnóstico e tratamento para eritrócitos altos

Para entender por que os eritrócitos estão altos, é preciso fazer exames detalhados e contar com análise especializada. O tratamento depende da causa e mudanças no estilo de vida também podem ajudar.

Exames de sangue e hemograma completo

O primeiro passo é realizar um hemograma completo, que mostra a quantidade de glóbulos vermelhos, hemoglobina e hematócrito. Esses dados confirmam se os eritrócitos estão altos.

Outros testes podem medir os níveis de eritropoietina, um hormônio que regula a produção de glóbulos vermelhos. Isso ajuda a diferenciar os tipos de eritrocitose.

Em alguns casos, exames genéticos e biópsia de medula óssea podem ser necessários, especialmente se houver suspeita de policitemia vera.

Papel do hematologista no diagnóstico

O hematologista é o especialista que se aprofunda no diagnóstico. Ele analisa o hemograma e investiga possíveis causas genéticas ou problemas na produção do sangue.

Esse médico decide quais exames adicionais pedir e elabora um plano de tratamento conforme o paciente evolui. Pode levar um tempo até tudo se encaixar, mas seguir as orientações médicas é fundamental.

Opções de tratamento e acompanhamento

O tratamento varia de acordo com a causa do aumento dos eritrócitos.

A flebotomia é uma opção comum para reduzir a quantidade de glóbulos vermelhos. O procedimento envolve a retirada de sangue para melhorar a circulação.

Em alguns casos, médicos podem prescrever medicamentos que diminuem a produção das células. Isso é mais comum na eritrocitose primária.

Se a causa for secundária, como problemas pulmonares, pode ser necessário usar oxigenoterapia. Essa abordagem melhora a oxigenação e reduz a produção excessiva de glóbulos.

É importante fazer acompanhamento regular com exames frequentes. Assim, é possível ajustar o tratamento quando necessário.

Importância do estilo de vida saudável e prevenção

Manter-se bem hidratado é crucial para evitar a concentração excessiva de eritrócitos no sangue. Quando estamos desidratados, a contagem pode parecer mais alta do que o normal.

Parar de fumar também é importante, pois o cigarro pode causar hipóxia e estimular a produção de glóbulos vermelhos.

Uma alimentação equilibrada é muito benéfica. Evitar passar muito tempo em altitudes elevadas também ajuda a prevenir a eritrocitose secundária.

Controlar o peso e se exercitar regularmente favorecem a circulação, beneficiando o sistema cardiovascular e reduzindo riscos indesejados.

Redação STE

Conteúdo editorial desenvolvido pela equipe do STE em colaboração com parceiros especializados.

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