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Uma luz de freio pode salvar vidas e garantir R$ 2.200 de desconto –

A segurança no trânsito é um assunto que interessa tanto a motoristas quanto a especialistas, especialmente com o surgimento de novas tecnologias para prevenir acidentes. Um estudo na Europa apresentou uma solução simples que pode ajudar a evitar colisões em cruzamentos, onde ocorrem muitos acidentes.

A proposta é a adição de um item nos carros que poderia ser instalado sem que as montadoras tivessem que gastar muito. Além de aumentar a segurança, essa novidade pode ajudar os motoristas a economizar, evitando custos altos com a franquia do seguro, que pode passar de R$ 2.200 em caso de acidente.

Embora essa tecnologia ainda não esteja disponível nos carros que usamos hoje, os resultados da pesquisa mostram que a ideia é promissora. Vamos entender como essa inovação funciona e de que forma pode beneficiar a segurança e o bolso dos motoristas.

A ideia que pode mudar a segurança nos cruzamentos

O conceito que está chamando atenção é o das luzes de freio dianteiras, conhecidas como FBLs. Ao contrário das luzes traseiras, essas luzes seriam instaladas na frente do carro, alertando motoristas de outras direções que o veículo está diminuindo a velocidade.

Pesquisadores da Universidade de Tecnologia de Graz, na Áustria, testaram essa ideia. O objetivo foi verificar se essa sinalização extra poderia ajudar a evitar colisões, especialmente em cruzamentos, que são locais com baixa visibilidade e alto risco.

No experimento, foram simulados acidentes reais usando dados de movimentação dos veículos. Os testes levaram em conta diferentes reações dos motoristas, abordando várias condições de trânsito.

Os resultados mostraram que adicionar uma luz na frente do carro poderia ser uma forma eficaz de salvar vidas e evitar multas com acidentes.

Os números que comprovam a eficácia

Os dados coletados no estudo são impressionantes. A inclusão das luzes de freio dianteiras poderia evitar entre 7,5% e 17% dos acidentes em cruzamentos, dependendo da velocidade de reação dos motoristas.

Além disso, mesmo quando um acidente não é totalmente evitado, a gravidade pode ser menor. Em cerca de 25,5% dos casos analisados, os impactos aconteceriam a velocidades mais baixas, reduzindo o risco de ferimentos sérios.

Um exemplo claro é que a média de velocidade dos acidentes caiu de 44,8 km/h para 28,8 km/h quando os motoristas reagiram apenas meio segundo mais rápido ao notar a luz da frente. Essa diferença pode ser a chave entre danos leves e acidentes mais graves.

Com menos danos, é menos provável que o motorista precise acionar o seguro, o que pode evitar gastos de cerca de R$ 2.200, quantia média da franquia nas apólices atuais.

Obstáculos e o caminho para adoção dessa tecnologia

Apesar dos resultados positivos, o estudo apontou um desafio importante: em cerca de um terço dos acidentes analisados, as luzes dianteiras não seriam visíveis devido ao ângulo dos carros nos cruzamentos.

Para resolver isso, os pesquisadores sugerem adicionar luzes laterais de freio. Assim, a cobertura visual seria maior, aumentando as chances de outros motoristas perceberem a redução de velocidade.

Outro ponto a considerar é a aceitação das montadoras e das autoridades de trânsito. Mesmo sendo um sistema simples e barato, é essencial estabelecer padrões de cor, intensidade da luz e regras de uso para evitar confusões com outros sinais luminosos nos veículos.

Se confirmada em testes práticos, essa tecnologia pode se tornar obrigatória nos carros, assim como as luzes traseiras de freio já são hoje. Isso poderia não só salvar vidas, mas também proteger o bolso dos motoristas contra despesas inesperadas.

Redação STE

Conteúdo editorial desenvolvido pela equipe do STE em colaboração com parceiros especializados.

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