
Perder o carro por infrações previstas no Código de Trânsito exige ação rápida. Este guia mostra, de forma prática, os passos para retirar veículo apreendido quando o automóvel está registrado em nome de outra pessoa.
Você verá quais documentos necessários e quando a procuração com firma reconhecida é indispensável. Explicamos também taxas comuns — serviço de liberação, reboque e diária de pátio — e o impacto de multas e débitos como IPVA e licenciamento.
Indicamos como identificar o local onde o carro foi levado, qual órgão responsável (Detran, PRF, DER ou Prefeitura) e prazos que influenciam custos. Em estados como São Paulo, o risco de leilão aparece após 60 dias se não houver liberação.
Ao final, você terá clareza sobre o processo, os custos prováveis e os cuidados para evitar atrasos e despesas extras ao retirar veículo apreendido por procuração.
O que este artigo aborda:
- Entenda o que diz o CTB: retenção, remoção e apreensão
- Retenção
- Remoção
- Apreensão
- Descubra onde o veículo está e quais pendências existem
- Órgão autuador: por que importa
- Como retirar um veículo apreendido em nome de outra pessoa
- Procuração com firma reconhecida
- Documentos pessoais do procurador
- Documentos do veículo
- Pessoa jurídica
- Passo a passo para a liberação no Detran do seu estado
- Taxas, diárias de pátio e prazos: o que pagar e quanto custa hoje
- Taxas típicas: liberação, reboque e estadia
- Exemplo prático em São Paulo
- Prazos e riscos: aumento diário e leilão
- Conclusão
- FAQ
- O que diz o Código de Trânsito Brasileiro sobre retenção, remoção e apreensão?
- Como descubro onde o veículo foi levado?
- Quais órgãos podem ser responsáveis pela apreensão?
- Posso retirar um carro quando o documento está no nome de outra pessoa?
- Quando a procuração é obrigatória e o que deve conter?
- Quais documentos pessoais o representante precisa apresentar?
- Quais documentos do carro são exigidos para a liberação?
- O que a pessoa jurídica precisa apresentar para retirar o veículo?
- Como é o procedimento no portal do Detran para solicitar liberação?
- Quais pagamentos preciso fazer antes de retirar o veículo?
- Como funciona a cobrança de diárias e reboque? Há prazo para retirar?
- Preciso levar comprovante de recolhimento/removal (CRR) impresso?
- O que fazer se o proprietário se recusar a assinar a autorização?
- Onde consigo valores atualizados de taxas e guincho no meu estado?
- Posso digitalizar os comprovantes de pagamento no celular para apresentar no pátio?
- Há vistoria na retirada do pátio? O que verificam?
- O que acontece se eu não pagar as diárias do pátio dentro do prazo?
- Preciso de advogado para retirar o veículo?
- Onde pago as multas e taxas relacionadas ao veículo?
Entenda o que diz o CTB: retenção, remoção e apreensão
O Código de Trânsito Brasileiro distingue medidas conforme a gravidade da infração. Saber qual procedimento se aplica ajuda a planejar a liberação do bem com mais eficiência.
Retenção
A retenção é uma medida administrativa para irregularidade sanável. Em geral, o motorista pode resolver a falha no local ou ter o CRLV recolhido e prazo para regularizar.
Remoção
A remoção ocorre quando o veículo não pode continuar circulando. O carro é guinchado ao pátio do órgão responsável e só sai após quitação de multas, taxas e apresentação do documento.
Apreensão
A apreensão é aplicada em casos mais graves, como participação em crimes ou racha. Após a Lei 13.281/2016, houve redução de hipóteses, mas ainda existem situações que exigem procedimentos administrativos ou até judiciais.
- A diferença prática: retenção permite solução rápida; remoção implica custos de pátio; apreensão pode exigir decisões administrativas e judiciais.
- O órgão (Detran, DER, PRF ou Prefeitura) e o estado definem fluxo de pagamentos e prazos.
- Confirme no sistema autuador todas as multas e taxas antes de pedir a liberação do veículo apreendido.
Descubra onde o veículo está e quais pendências existem
Localizar onde o carro foi levado é o primeiro passo para agilizar a liberação. Comece conferindo o Comprovante de Recolhimento/Remoção (CRR). O documento indica o pátio e o órgão responsável pelo recolhimento.
Se o CRR não estiver disponível, acesse o portal do Detran do seu estado. Em São Paulo, por exemplo, a consulta aceita CPF/CNPJ do proprietário, placa e RENAVAM.
Órgão autuador: por que importa
Identificar o órgão responsável — Detran, DER, PRF ou Prefeitura — define quais taxas pagar e qual canal usar no processo de liberação.
- Confira no comprovante recolhimento remoção o nome do pátio e o órgão autuador.
- Use placa e RENAVAM no portal estadual para checar a situação e pendências administrativas.
- Organize documentos e comprovantes de pagamento para acelerar a retirada no local certo.
- Verifique multas, IPVA e licenciamento: débitos impedem a liberação até quitação.
Como retirar um veículo apreendido em nome de outra pessoa
A entrega do veículo a terceiro só ocorre após conferência rigorosa dos documentos. Por isso, reúna tudo antes de ir ao pátio.
Procuração com firma reconhecida
A procuração autenticada em cartório é obrigatória, mesmo para parentes. Deve citar poderes claros para a liberação e a retirada no pátio, identificar proprietário e procurador e ter prazo de validade.
Documentos pessoais do procurador
Leve RG, CPF e comprovante de residência atualizados. No momento da saída é comum exigir CNH do condutor que conduzirá o veículo.
Documentos do veículo
Apresente CRLV atualizado, o CRR do recolhimento e comprovantes de pagamento de multas, IPVA, licenciamento e taxa de liberação. Sem esses itens, a liberação veículo pode ser negada.
Pessoa jurídica
Para empresas, inclua procuração do representante legal e cópia autenticada do contrato social. Comprove poderes de administração quando solicitado.
- Verifique no portal do órgão se o Ofício de Liberação foi emitido (caso de São Paulo).
- Confirme se a procuração autoriza apresentar documentos, assinar termos e retirar no pátio.
- Guarde todos os comprovantes para evitar novas exigências ao apresentar documentos.
Passo a passo para a liberação no Detran do seu estado
Organizar pagamentos e documentos acelera a liberação veículo junto ao Detran. Comece conferindo todas as pendências no sistema do seu estado e no comprovante recolhimento remoção.
Quitar débitos: pague multas, IPVA, licenciamento e outras taxas. Sem licenciamento em dia o sistema não autoriza a retirada.
Taxa de liberação: gere o boleto informando o RENAVAM e pague em banco ou casa lotérica. Guarde o comprovante para anexar.
Digitalize documentos necessários em boa resolução. Formatos aceitos: .pdf, .png, .jpg, .jpeg, .gif. Respeite limites (ex.: 1,2MB por arquivo e 15MB total em SP).
Solicite a liberação no portal do Detran do estado. Anexe CRR, comprovantes de pagamento e documento de identificação; aguarde o Ofício de Liberação.
Retirada no pátio: leve CRLV atualizado, procuração com firma reconhecida (se outra pessoa for o procurador) e documentos pessoais. Pague reboque e diárias; prepare-se para possível vistoria ou remoção para reparos.
Acompanhe o status pelo portal e salve todos os comprovantes. Isso reduz riscos de exigências extras e acelera a liberação veículo.
Taxas, diárias de pátio e prazos: o que pagar e quanto custa hoje
Os custos de liberação variam e aumentam a cada dia que o veículo permanece no pátio. Saiba quais itens compõem o valor final e onde pagar para reduzir despesas.
Taxas típicas: liberação, reboque e estadia
- Serviço de liberação: cobrança administrativa para autorizar saída.
- Taxa de reboque (guincho): custo do transporte até o pátio.
- Diária de estadia: tarifa cobrada por dia enquanto o veículo fica no pátio.
- Multas e tributos: débitos que motivaram a retenção ou remoção também entram no cálculo.
Exemplo prático em São Paulo
Como referência em SP, a taxa de serviço fica entre R$18,37 e R$18,57. O reboque costuma ser R$376,86 e a estadia R$37,69 por dia.
O pagamento da taxa administrativa pode ser feito via Internet Banking nos bancos conveniados (Banco do Brasil, Santander, Bradesco, Daycoval, Sicoob) ou em casas lotéricas. As cobranças de reboque e estadia são quitadas no pátio no momento da retirada.
Prazos e riscos: aumento diário e leilão
Cada dia em que o veículo fica no pátio aumenta o custo total pela estadia. Por isso, agilize documentos e o pagamento assim que possível.
Em São Paulo, veículos não liberados em até 60 dias podem ir a leilão, conforme a Lei 15.911/2015. Esse prazo reforça a urgência na conclusão do processo de liberação.
Conclusão
Manter a situação documental em dia é a base para evitar processos longos e despesas inesperadas. Licenciamento, IPVA e multas em dia reduzem o risco de remoção e estadia no pátio.
Se a apreensão já ocorreu, recuperar veículo exige um processo ordenado: pagamento débitos, reunir e apresentar documentos e acompanhar a liberação pelo portal estadual.
Quando outra pessoa for representante, a procuração autenticada garante segurança jurídica para o proprietário e para o motorista que fará a retirada.
Em São Paulo, atenção ao prazo de 60 dias (risco de leilão). Agilidade nas etapas e foco nos requisitos do órgão aumentam as chances de sucesso na liberação sem custos extras.
FAQ
O que diz o Código de Trânsito Brasileiro sobre retenção, remoção e apreensão?
O CTB diferencia três medidas: retenção é para irregularidade sanável mediante apresentação de documento; remoção é o envio ao pátio para regularização e quitação de débitos; apreensão ocorre em casos mais graves, podendo exigir decisão judicial dependendo da situação.
Como descubro onde o veículo foi levado?
Verifique o Comprovante de Recolhimento/Remoção (CRR) entregue no local da ocorrência ou consulte o portal do Detran do estado. Em rodovias federais, a PRF indica o pátio; em vias municipais, a prefeitura pode informar o local.
Quais órgãos podem ser responsáveis pela apreensão?
Detran, Departamento de Estradas de Rodagem (DER), Polícia Rodoviária Federal (PRF) e prefeituras. Saber o órgão é essencial para seguir o procedimento correto de liberação e pagamento.
Posso retirar um carro quando o documento está no nome de outra pessoa?
Sim, desde que haja procuração com firma reconhecida ou autorização específica, acompanhada da documentação exigida e do pagamento de taxas e débitos. Em alguns casos pode ser necessária ação judicial se o proprietário se opuser.
Quando a procuração é obrigatória e o que deve conter?
A procuração é exigida quando o retirante não é o proprietário. Deve ter firma reconhecida, poderes específicos para liberação do veículo, dados do veículo e do proprietário, validade e identificação das partes.
Quais documentos pessoais o representante precisa apresentar?
Documento de identidade (RG), CPF e comprovante de residência atual. Se for advogado, apresentar OAB; se for representante de pessoa jurídica, levar documentação da empresa e identificação do representante.
Quais documentos do carro são exigidos para a liberação?
CRLV atualizado quando houver, CRR do recolhimento/removal, comprovantes de pagamento de multas, IPVA e licenciamento, além do comprovante de pagamento do serviço de remoção e das diárias de pátio.
O que a pessoa jurídica precisa apresentar para retirar o veículo?
Contrato social ou estatuto atualizado, documento do representante legal com reconhecimento de firma, procuração da empresa quando aplicável, e todos os comprovantes de pagamento relacionados ao veículo.
Como é o procedimento no portal do Detran para solicitar liberação?
Digitalize comprovantes de pagamento e documentos exigidos, submeta no formato indicado pelo portal, aguarde emissão do Ofício de Liberação e compareça ao pátio com original e cópias dos documentos para retirada.
Quais pagamentos preciso fazer antes de retirar o veículo?
Quite multas, IPVA, licenciamento e taxas administrativas do órgão autuador. Pague também o reboque (guincho) e as diárias de estadia no pátio. Somente com todos os débitos regularizados o veículo é liberado.
Como funciona a cobrança de diárias e reboque? Há prazo para retirar?
Pátios cobram taxa de reboque e diária de estadia calculada por dia. Os valores aumentam com o tempo. Em muitos estados, veículos não retirados são levados a leilão após prazo — por exemplo, em São Paulo há regras específicas sobre prazos e procedimentos.
Preciso levar comprovante de recolhimento/removal (CRR) impresso?
Sim. O CRR é o documento que identifica o recolhimento e orienta o pátio e o Detran. Leve cópias físicas e digitais para facilitar a conferência e evitar atrasos na liberação.
O que fazer se o proprietário se recusar a assinar a autorização?
Tente formalizar uma procuração com firma reconhecida. Se houver recusa e o direito de retirada for questionado (por exemplo, veículo garantido em contrato), será necessário buscar orientação jurídica e, possivelmente, autorização judicial.
Onde consigo valores atualizados de taxas e guincho no meu estado?
Consulte o portal do Detran do seu estado ou entre em contato com o pátio indicado no CRR. Muitos Detrans publicam tabelas de preços e guias de pagamento online com valores de referência e locais de quitação.
Posso digitalizar os comprovantes de pagamento no celular para apresentar no pátio?
Sim, desde que sigam o formato e tamanho aceitos pelo órgão. Leve também as versões impressas quando possível, para evitar problemas com leitura ou aceitação no pátio.
Há vistoria na retirada do pátio? O que verificam?
Alguns pátios realizam vistoria para checar danos, identificação veicular e documentação. Verificam numeração do chassi, lacres, estado geral e correspondência entre documentos e veículo.
O que acontece se eu não pagar as diárias do pátio dentro do prazo?
Os valores continuam a ser cobrados diariamente e podem tornar a recuperação proibitivamente cara. Após prazo legal, o pátio pode solicitar remoção para leilão ou dar início a procedimentos administrativos para alienação do bem.
Preciso de advogado para retirar o veículo?
Na maioria dos casos administrativos, não. Porém, se houver disputa entre proprietários, restrição judicial ou necessidade de mandato específico, a ajuda de um advogado facilita e protege seus direitos.
Onde pago as multas e taxas relacionadas ao veículo?
Pagamentos podem ser feitos nos bancos autorizados, lotéricas ou pelos portais do Detran, Caixa ou bancos parceiros. Siga as orientações do CRR e do site oficial do órgão responsável para evitar pagamentos indevidos.