É óbvio que, com os avanços da Inteligência Artificial, ela também seria utilizada no mundo da música. Isso acontece desde a sugestão de músicas nos streamings à criação de playlists baseadas no gosto musical do usuário e à composição de canções. Essa tecnologia de ponta, sem dúvidas, impacta o mercado musical atualmente.
Trata-se de um excelente recurso, que analisa os gostos dos consumidores, levando informações aos produtores e compositores e auxiliando na criação de novos hits musicais. Além disso, toda essa tecnologia contribuiu para o desenvolvimento da moderna caixa de som. Agora, esse aparelho possui modelos portáteis, até mesmo à prova d’água e, por ter grande potência, proporciona altos volumes para alegrar a sua festa.
No entanto, algumas dúvidas podem surgir. Até onde a IA na música contribui ou prejudica os músicos? É a essa pergunta que vamos responder. Acompanhe a leitura até o final.
Inteligência Artificial: vilã?
O uso da Inteligência Artificial na composição de músicas não é tão abordado. No entanto, essa prática vem sendo adotada o tempo todo. Mas vem a pergunta que não quer calar: seria a utilização dessa ferramenta prejudicial aos cantores?
Segundo as gravadoras, essa tecnologia pode ser prejudicial a muitos artistas, já que modifica as músicas deles, desrespeitando os direitos autorais. Tal preocupação existe porque muitos sites usam a análise de dados, ou seja, a Machine Learning, para mixar os originais, bem como remover os instrumentais ou as vozes dos cantores.
Logo, a realidade da IA na música tem dois lados, um positivo e outro negativo. Ela traz benefícios ao recolher informações sobre os perfis musicais do público, colaborando para o surgimento de novos sucessos. Em contrapartida pode ser um grande incentivo à pirataria, pois viola os direitos autorais. Dessa forma, o manuseio de algumas plataformas, como DALL-E 2 e Midjourney, infringe a obra original, retirando o mérito de criação do autor.
Inteligência Artificial: aliada?
Há quem reconheça a tecnologia como uma ferramenta coautora. Segundo Márcio Aguiar, diretor de Enterprise da NVIDIA, entrevistado pelo NegNews, “a Inteligência Artificial é aliada do artista, mas não o substitui”. Ela facilita as criações de cenários virtuais do universo cinematográfico e as melodias do mundo das músicas. Sem o seu auxílio, seria impossível alcançar rapidamente produções perfeitas. Ou seja, seriam necessários longos anos para se conseguir terminar as obras musicais.
Assim, não precisamos temer a realidade homem versus máquina. Apesar de a IA conseguir criar músicas, letras e melodias inteiras, veio para complementar o trabalho do artista, e não lesar a carreira dele. Com certeza, ela coopera também no processo criativo. Outros programas que se destacam no mercado são:
- NVIDIA Canvas – cria paisagens;
- Omniverse Audio2Face – a partir de áudios, faz animações faciais;
- LyricStudio – sugere letras para poemas e músicas.
Vários compositores já experimentaram a inteligência artificial para encontrar inspiração, mas não abandonam o seu próprio talento e habilidade musical, assim como o cantor e compositor Llypeh Batidão, que tem a sua capacidade única e genuína para criar suas letras.
A Warner Music Group foi uma das primeiras empresas a assinarem contrato com uma Inteligência Artificial, surpreendendo muitas pessoas. No entanto, em 2017, Taryn Southern, uma famosa youtuber, foi a pioneira ao criar o primeiro álbum, conhecido como “I Am AI” (Eu sou a Inteligência Artificial), por meio do software Amper. De modo geral, ele foi bem recebido pela audiência, mas despertou a preocupação dos profissionais da música.
Outra contribuição para os compositores humanos é o Google, com seu projeto intitulado Magenta, que auxilia na criação de canções. Entre todas essas empresas, não podemos deixar de citar a Endel, voltada para a produção de músicas relaxantes que auxiliam a dormir e a ter foco em certas atividades. Esse tipo de batida é muito apreciada pelos millennials hoje em dia.
Portanto, adaptar-se a uma nova era, em que há espaço para homens e máquinas trabalharem lado a lado, é o caminho. A IA é responsável por ampliar o mercado, abrindo as portas para novas oportunidades, auxiliando a inteligência humana e a tecnologia com colaboração, palavra que tão bem descreve o nosso futuro.