Café e cachaça são dois ícones da cultura brasileira. Muitas pessoas se perguntam se dá certo misturar os dois. Alguns pequenos produtores de café estão experimentando envelhecer seus grãos em barris de cachaça. Vamos entender essa novidade.
Como os pequenos produtores estão mudando a experiência do café
Produzir café especial é um verdadeiro talento. Desde o cultivo cuidadoso até a torra, tudo é feito com atenção. Para trazer algo exclusivo ao mercado, alguns agricultores decidiram envelhecer seus cafés em barris que anteriormente continham cachaça.
Com isso, os grãos ganham um aroma amadeirado e toques frutados, além de notas que lembram o álcool. O processo de produção é assim:
– O produtor escolhe grãos especiais com muito cuidado.
– Os grãos são envelhecidos em barris de cachaça.
– Depois dessa fase, os grãos adquirem novas características.
– O álcool é eliminado na torra, mas os aromas da madeira são mantidos.
– Após a torra, o café moído traz um sabor único.
A crescente demanda por cafés especiais
É normal que as pessoas fiquem desconfiadas, já que a técnica ainda é artesanal e não é fácil encontrar esses cafés nos supermercados. Porém, a procura por cafés que têm algo a mais do que os comuns está crescendo, e muita gente está disposta a pagar mais por isso. A busca aumenta quando o café é rotulado como “café exótico”.
– O processo artesanal valoriza o trabalho dos pequenos produtores.
– Essa prática fortalece a identidade regional, misturando tradição e inovação.
– O café brasileiro se destaca em um mercado gourmet.
Produção ainda é pequena, mas com projeções animadoras!
É importante destacar que envelhecer cafés em barris não é uma prática que acontece em todo o Brasil. Essa técnica está se espalhando em regiões específicas, como Venda Nova do Imigrante, no Espírito Santo, onde os produtores até usam barris de whisky.
Em Divinolândia, em São Paulo, algumas marcas lançaram o “café bêbado”, seguindo essa mesma técnica. O preço é surpreendente: o quilo pode passar de R$310,00.
– A produção ainda é pequena e muito artesanal.
– São feitos pequenos lotes, focando nos cafés especiais.
– Alguns produtores envelhecem os grãos por até 40 dias.
– O processo requer altos investimentos e controle rigoroso para garantir qualidade.
